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Carla Kowalski: Cidadania, ainda sem uma definição, 'não se omitirá' em 2022

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Nesta semana, a coluna fala com Carla Kowalski, recém nomeada presidente municipal do Cidadania - que, em novembro, apresentou a dobradinha Evandro Behr/Carla Kowlski à prefeitura. E agora? E em 2022? Ela responde. Acompanhe:

Claudemir Pereira - Não obstante um desempenho eleitoral considerado aceitável, embora numericamente menor que os demais, o Cidadania mudou a direção. Com que objetivo?

Carla Kowalski - Somos gratos e temos muito orgulho dos 7,4 mil votos que o povo nos concedeu. Eles indicam que não estamos sós em nossas ideias e em nosso modo de fazer política. Mas entendemos que o processo eleitoral como um todo tem injustiças. O ideal seria que todos tivessem o mesmo tempo de televisão e isonomia de recursos. Sobre a mudança na direção, ela acontece a partir do pedido do ex-presidente Arthur Heinz, que assumiu a Secretaria de Planejamento em Itaara e precisa dedicar-se em tempo integral à função. Da minha parte, aceitei o desafio de assumir por dois motivos: tivemos total apoio e incentivo da direção estadual e pela oportunidade de levar as ideias do Cidadania a novos horizontes. A política ainda é o meio mais democrático para conseguimos uma mudança efetiva na vida das pessoas.

CP - Como o partido se prepara para 2022? Terá candidato a deputado estadual ou federal por Santa Maria? A dobradinha Evandro Behr/Carla Kowalski pode se repetir, com ele de estadual e a senhora de federal?

Carla - Tenho dito que vamos trabalhar para que o Cidadania seja um dos protagonistas nas eleições, em 2022 e 2024 também. Ainda não temos uma decisão a respeito, mas é certo que não vamos nos omitir. E se o partido entender que é adequado, teremos candidaturas ao parlamento estadual e federal. No entanto, agora a prioridade é a superação da pandemia e seus efeitos na cidade. No tempo certo, voltaremos a nos reunir e discutir nossa missão nas próximas eleições. Sobre o Evandro, repito aqui o que já venho dizendo desde que começamos essa caminhada na direção do Cidadania, que gostaríamos de contar com ele para construção do partido.

CP - Qual a perspectiva de médio e longo prazo do Cidadania?

Carla - O Cidadania é um partido que recebe de braços abertos quem está disposto a somar e a fazer a boa política com ética e lealdade. No momento, não temos uma campanha de filiação formalizada, mas se for necessário faremos. Já somos procurados por pessoas tanto da zona rural quanto urbana. Esse movimento é resposta da campanha transparente e respeitosa que Evandro e eu conduzimos e priorizamos.

CP - Há algo que gostaria de acrescentar?

Carla - O Cidadania, antigo PPS, não é esquerdista, não somos radicais. Entendemos que um partido se faz de pessoas e a liberdade é a base para uma verdadeira mudança. Um Brasil renovado não pode ser extremista e não se resume em direita ou esquerda. Essa dualidade é limitante, afasta pessoas, não congrega. Temos bandeiras como o voto facultativo, a descentralização dos recursos de impostos de Brasília para os municípios, que é onde a vida acontece. Queremos ser uma voz de Santa Maria em nome do que a cidade precisa e merece. Ser do Cidadania é levar o conceito até a prática, ou seja, "qualidade ou condição de ser cidadão". Em 2022, não nos pergunte o que vamos fazer e, sim, o que já estamos fazendo.

Rodrigo Decimo, o homem que não para

Há uma espécie de encantamento, no Centro Administrativo, com o trabalho realizado por Rodrigo Decimo, o vice-prefeito. Afinal, neófito no setor público, revela (segundo interlocutor da coluna) grande capacidade para aprender e entra com tudo nas tarefas que lhe cabe, são destinadas ou mesmo procura.

Ah, e tem capacidade de trabalho que impressiona quem com ele convive mais de perto, na prefeitura. "Quer participar e dar resultado", como revelou fonte graúda à coluna. Nesta semana mesmo, com o intuito de avaliar o ano pandêmico e projetar medidas, Decimo teve agenda pra lá de pesada.

Sábado passado, o encontro foi com entidades empresariais (estava "em casa", ex-presidente da Cacism que é). Na terça, papeou com dirigentes de hospitais privados e alguns médicos. Na quinta, esteve na UFSM e na direção do Hospital Universitário. Ah, no campus, teve reunião na Agittec, conversando sobre inovação. De lá, diz-se, pode estar saindo um aplicativo para ajudar na organização da vacinação anticovid.

Por fim, além de participar semanalmente das reuniões de entidades locais, nesta sexta-feira, iria ter um papo com empresas da área de medicina do trabalho.

Enfim, o cara está se mexendo, e bastante. Ah, e ainda tem a tal reforma administrativa, que estaria pronta, pendente apenas de divulgação e implantação pela prefeitura. A ver.

De canhotos a destros, políticos unidos pela vinda da ESA

As palavras são do general de divisão Joarez Alves Pereira Júnior, na última quarta, em Santa Maria: "a cidade querer a escola tem grande peso para o alto comando do Exército Brasileiro". Ele se referia, claro, à luta dos santa-marienses para fazer morada na cidade a Escola de Sargentos das Armas.

O tema é bastante tratado pelo Diário, que oferece, com vigor, apoio institucional para essa conquista que Santa Maria busca alcançar. Aqui, o colunista fica com um cantinho disso, mas pra lá de importante e bastante raro. Sim, a classe política, do canto canhoto ao destro, está junta nessa causa que, de resto, pode ser fundamental para nova alavancagem do desenvolvimento local e regional.

Exemplo mais claro dessa união de esforços, e que mostra estar a cidade "querendo", vem dos representantes daqui na Assembleia gaúcha. Sim, do veterano Valdeci Oliveira aos mais jovens Giuseppe Riesgo e Roberto Fantinel, todos juntos em favor da ESA.

É preciso saudar isso. Com louvor. E acreditar que, desse jeito, é possível.

LUNETA

RENDA BÁSICA

Ainda que parcial, e provavelmente aquém do que imaginava Valdeci Oliveira (que defende a proposta há já um ano), o fato é que o auxílio emergencial anunciado na sexta-feira pelo governador Eduardo Leite atende, pelo menos minimamente, a reivindicação do petista (e de outros deputados). Ah, o benefício, inicialmente (R$ 130 milhões), é destinado aos que atuam nos setores de alojamento e alimentação.

DEBANDADA

Inusitado, porque raro, movimento de saída de cargos de confiança tomou de assalto a linda Itaara, no alto da serra. Há escassos exemplos desse tipo de comportamento, antes de completados três meses de qualquer governo. Mas o fato é que, no meio desta semana, nada menos que cinco CCs, três deles do primeiríssimo escalão, simplesmente se mandaram do governo do prefeito municipal Silvio Weber.

DEBANDADA (2)

Ninguém confirma as razões para a debandada. Certo, mesmo, é que se mandaram os secretários Lucas Meyne (Planejamento e Gestão), Luana Sanfelice (Finanças) e Maiara Pavão (Procuradoria), além de Daniela Guedes (Compras e Licitações) e Thalita Dornelles (Recursos Humanos). Até o fechamento da coluna já estava definido o nome do novo procurador, no caso, Tiago Adede y Castro.

PRÓ-ESA

Noves fora a lambança política interna, como você conferiu logo acima, o fato é que Itaara, a aprazível comuna do alto da serra, pelo seu prefeito Silvio Weber, também se coloca na linha de frente em favor da vinda da Escola de Sargentos das Armas (ESA). É a óbvia constatação de que não é apenas a Boca do Monte que se beneficia com ela, senão toda a população do centro gaúcho.

PARA FECHAR

Presidente do PP em Santa Maria, Mauro Bakof, é a tendência, deve ter seu mandato prorrogado, dada a dificuldade de fazer convenção municipal em maio no Estado inteiro. Noves fora essa situação, Bakof, ao mesmo tempo em que lamenta a saída de alguns importantes militantes, festeja a filiação de muitos outros. Quem, pergunta o colunista? A resposta: "no momento oportuno, divulgaremos os nomes". Então, tá!

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